17 junho, 2010

Para mim que não sei mais fingir

Quem será essa mesmo no espelho?

Espelho, espelho meu.

Essa realmente sou eu?

O mar invadiu minha casa

Senti-me outra, meu cabelo já é outro.

Se eu escolher outro esmalte

Alguém vai acreditar?

Nem minha mobília acredita

Na minha fajuta interpretação.

Assim bem meia-boca,

Finjo um não principio de afeto.

Grito-te balelas, falo sem parar

E sempre me perguntas o que tenho ao me calar.

Sou teu reverso,

Sem tempo, sem leito,

Sem questão para solução.

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