12 setembro, 2010

Portunhol


Usted fue una explosión, un relámpago

Ahora más rápido que el de verano.

Una libélula, roja y sin color.


Você foi a surpresa mais querida,

A tinta da minha pele,

Meu trem sem trilhos, sem linhos.


Control sobre mi locura,

mi deseo de estar juntos y por separado.

Esperar más agridulce.

Meus cacos, meus pedaços,

E meu sangue que nunca mais foram os mesmos desde que te vi.

Meu caos concentrado, meu leve amor.


Controlar su respiración y mis pasos,

y esta brecha seguido en la distancia.

Su tren un día vendrá de nuevo

y supondrá un obstáculo a todo lo que era incuestionable


Se sou, é por você.

Te conheço de algum outro lugar onde não éramos nos,

Apenas éramos juntos.

Assim indiscreta e desejando que nem todas as noites tenham fim.


gracias D. pela parceiria.

27 junho, 2010

Desculpas de trem


Enchemos o copo,

Te amei, mas o vinho chegou ao fim.

A ressaca me invadiu e o trem nos levou embora.


Não sabia que tinha que pedir desculpas,

Por ter sede e fome do infinito.

E não ter nascido para um lugar fixo,

Muito menos para cá.


Solidão nos meus pés,

Que me esqueci de te levar comigo.

18 junho, 2010

azar

Minha raiz esta aparecendo, meu esmalte não permanece mais de dois dias na minha unha sem descascar, não tenho roupa para sair, estou deveras irritada com minha mãe, hoje não acordei bonita, minha calça Jens não entra, fui fazer comida e o gás da cozinha acabou. Que azar o meu, não?


17 junho, 2010

Para mim que não sei mais fingir

Quem será essa mesmo no espelho?

Espelho, espelho meu.

Essa realmente sou eu?

O mar invadiu minha casa

Senti-me outra, meu cabelo já é outro.

Se eu escolher outro esmalte

Alguém vai acreditar?

Nem minha mobília acredita

Na minha fajuta interpretação.

Assim bem meia-boca,

Finjo um não principio de afeto.

Grito-te balelas, falo sem parar

E sempre me perguntas o que tenho ao me calar.

Sou teu reverso,

Sem tempo, sem leito,

Sem questão para solução.

05 abril, 2010

Vidro (parte 2)

(...)

Sinto falta dos meus amigos, onde estão? Compartilhei meus machucados sempre com eles, os curei com eles, e agora? Quem são eles? Não os reconheço mais. Não, não estou generalizando, mas a vida realmente parece me fazer escolher uma garota que mal conheço para contar minhas dores, minhas desventuras, minhas trincas, minhas não lágrimas, meu sorriso aparentemente verdadeiro. Alana não faça as pessoas de objetos, não faça isso, não faça aquilo. Não minto, não omito, não iludo, não desiludo, não digo que te gosto sem te gostar. Mas que infame, me jogas ao inferno, ninguém te avisou que adoro um fogo? Que não derramo lágrimas por essas histórias tão repetidas, dessa minha vida tão sofrida, vamos evoluir, já que não nascemos para ser felizes. Alguém me arranja uns óculos escuros? Preciso abafar os sons dos meus ouvidos gritando terem avisado que isso iria ocorrer. Ninguém abriu minha cabeça há contáveis horas atrás. Eu disse ontem que tudo iria mudar, que achava estranho, que te achava estranho. Não, não! São neuras, de uma neurótica tudo são neuras. O quanto de mim voltou a se apagar? O quanto de mim se jogou da ponte? E o quanto de mim está aqui agora? A primeira vez que me disse: “eu te amo”, me assustei, não respondi, hesitei, logo depois te informei da reciprocidade desse sentimento. Fui ver a novela ao chegar a minha casa pensando nas tuas palavras, todas as músicas pareciam ter sido escritas só para mim, fui invadida por aquela sensação egoísta dos apaixonados. Parecíamos para todos um casal lindo, tão bonita nossa estética, tão agradável, meu amigo disse que iríamos no casar na quarta passada, me lembro. Divórcios me parecem mais certos que casamentos. Todos tinham a certeza do teu amor por mim, todos, menos eu. Desagradável saber que estava certa. Escuto todos os detalhes dos fatos por pessoas que me parecem mais imparciais, não agüento mais essa mesma visão dos fatos. Gosto de ver tudo sangrar com mais intensidade ao saber do seu risinho ao olhar para cima, da data, do que foi dito e deixou de ser dito, das reações dos outros ao ver minha vida tão exposta ao alcance toque da ponta dos seus dedos.

(...)

Vidro (parte 1)


Você me confessa que tenho o conjunto de características que te desagradam, meu cabelo sempre descolorido, minha altura mediana, até o mês que nasci parece não se encaixar nas suas lacunas pretas e brancas, sempre tão escorpiana descontrolada, jogo bolsas e um segundo depois estou te dando beijos para curar todas suas dores. Parece me perguntar sempre coisas tão obvias, sobre o motivo dos meus risos bestas durante o dia, respondo sobre tudo sem te falar que é por você. Para um começo tão belo, só podia haver um final dramático. Para uma atriz, só poderia haver uma encenação. Quando virei platéia do seu espetáculo? Quando me entreguei, me joguei, me matei? Só vejo uma chama, uma única chama, para quem sempre gostou de brincar com fogo, só resta uma chama e tenha certeza que não é do nosso pseudo amor, quero dizer, do meu pseudo amor. Para uma piromaniaca uma chama nunca satisfaz, sempre mais, vejo pedaços de fogos derramados no chão, no quarto e na minha cama. Amar sozinha é um prato cheio para atrizes egocêntricas que andam atrás de uma tristeza dessas de filme só para se inspirar mais, escrever mais, viciar mais. Vamos aos meus monólogos, aos meus textos, as minhas cinzas. Quem parecia tão apaixonada nas primeiras linhas, viu se desfazer as letras em outra combinação e tudo que pensou ser, no chão, tijolos e cheiro de tinta que até me agrada. Me regenerar? Meu pulmão, que pulmão, que coração, que asneira. Aplaudo a ti e aos meus amigos, que agora são teus amigos. E para todos que me faço parecer tão frágil, saiba que finjo, aparento ser, aparento não ser o que sou. Que carência, que desilusões amorosas as suas, que frases bonitas, que conjunto de ilusões agradavelmente mortíferas.

(...)

04 abril, 2010

Me revelo num bilhete


Me revelo,
Esse poço de carência oscilante,
Em chamas de mãos frias.
Com todas as fotos em cima da mesa
Para você um dia reparar que nunca sou a mesma.
Desfaço seus pensamentos,
Refaço seus planos.
Sensibilidade a flor da pele,
Risos ofegantes,
Oscilações, cada vez mais constantes.
Meu medo acelera
O meu coração, o dilacerar de dúvidas.
Até que a certeza vem me acalmar
Que isso não vai passar.

10 fevereiro, 2010

Besta, basta.




Se você me disser mentiras,
Eu farei questão de acreditar.
Pour ouvrir les bosses, les fissures et les portes de votre vie. Pour moi est toujours avec vous.
Tuas falsas verdades bem interpretadas em sotaque parisiense sempre pareceu me convencer.
E para os trincos das tuas vidas, jogo as chaves fora.
Poison et du manque. absence de sentiment vous-même.

25 janeiro, 2010

Da tua hisória na minha. (poema 2)

Sinto vontade de lhe contar meus dias,
Minhas idas e vindas,
Minhas veias, minhas vírgulas.
Eu que nunca tinha escrito pra ti,
Agora não paro mais.

Cartas amareladas,
Desejos reprimidos na hora errada.
Promessas ingênuas posturas,
À espera do alinhamento dos cometas,
Ou da visita da impulsividade
A entrar devagar na minha alma,
Dominar minha mente,
Fazendo-me voltar a invadir tua calmaria.

Receio não ser o melhor pra ti,
Meus desejos, e personalidades oscilam
Com o sol e a lua.
Minhas pernas mudam de direção
Por vontade própria a cada instante.

Para que perturbar a certeza?

Sou o furacão da tua vidinha parada,
O álcool que nunca gostou,
E experimentou por mim.
A incerteza, a duvida,
O desejo que talvez ainda viva em ti.

22 janeiro, 2010

Da tua história na minha. (poema 1)

Meu coletivo é não ter coletivo.
Meu par é uma estação de trem,
Ultrapassada, velha e passageira.
Marcas anestesiam minha dor.
Mentiras,
Com fervor te peço mentiras.
Só quero 25 horas de atenção por segundo
E uma distancia mediana
Que não me faça te repugnar.

Lista de exigências intermináveis,
Problemas inventados,
E só agora na falta, enxergo menos embasado
O que sempre esteve aqui.

05 janeiro, 2010

Mar, e só.

Queria apenas o sol no mar,
E você a esperando o meu despertar.
Sem todo esse drama,
Esses problemas inventados ou enfatizados.
Não devo mais explicações, satisfações,
Não quero ouvir suas reclamações,
Sobre minha falta de avisos prévios.
Apenas fui, não sei quando vou voltar,
Não sei se vou querer voltar.
Sei que estou precisando,
Da areia entre meus dedos.
Daquelas velhas músicas,
Dos colares feitos de sementes
.
Do barulho do mar, e só.

com vocês

Em boa companhia,
Sei o que esperar,
Sei que posso confiar,
Sei que terei historias para contar.