23 dezembro, 2009

Sem flor

Sou pausas, não continuação.
Um intervalo,
Preenchimento do vazio momentâneo.
Um beijo, uma noite,
50 dias sem valor, sem calor, sem rancor.
Espinhos cheios, sem flor,
O exalar do perfume inexistente das ausências.
A procura do transbordar,
Do encontrar de alguém para se identificar.
E te pergunto:
Cadê você?
Se você em questão me encontrar,
Não hesite. Sem mensagens subliminares,
Avisos claros.
Peço-te gritos e ranger de dentes para esses meus olhos cegos,
Puxões para meus cabelos,
Intensidade para meus dias,
Desordem para minha rotina e horários.
Em troca não te matarei de tédio,
E te farei textos menos clichês
Porque em você encontrarei inspiração sem razão.

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