15 fevereiro, 2009

O diário de Ana para Otávio

Sexta feira, 13.
Era uma sexta feira como tantas outras, estava eu ali com meus amigos esperando o meu celular tocar. Precisava de distração, logo quando ia pedir uma bebida, ele ligou. Sei que já o mencionei aqui incontáveis vezes, mas era ele mesmo, Otávio. Me ligou logo quando ia começar a esquecê-lo, que desgraçado. Riu do meu sotaque, inexistente por sinal. Afirmou que nunca sentiu ciúmes de mim, apesar de no fundo saber que era mentira. Desliguei, tinha que desligar. Ainda tenho comigo aqui, um pouco daquela sensação que Otávio causa em mim, queria entender. Hoje vou dormir abraçada com o resquício da minha ilusão, até amanha.
Domingo, 15.
Realmente abomino domingos, eles realmente me atingem fundo com a sua melancólica de que amanhã o meu mundo será o real e o mais duro possível. Além disso, as pessoas não costumam sair no domingo e hoje sou uma delas. (...)
Ele voltou a me falar dela. Preciso de chocolate, já que aqui não tem bebida. Depois do chocolate tudo se acalma, volto a minha tranqüilidade aparente, pelo menos para ele. Volto a dar os meus conselhos que ele não vai seguir. Queria só saber quando vou parar de amar, tanto assim um otário que não percebe isso.

Segunda, 16.
Vou parar de beber, isso é uma promessa. Vou parar de amar, essa é outra promessa mais importante do que a outra.

Quinta, 19.
Conheci um cara, talvez ele seja diferente, ou não. Só vou descobrir, tentando. A gente conversou hoje, notei que ele é totalmente diferente de mim, em vários aspectos, como musical. Mas também ligo, estou precisando mesmo de pessoas opostas a mim para varia um pouco.
Ele não me lembre o Otávio, um ponto positivo. Apesar de ainda lembrar dele sei que agora sou menos frágil.

Um comentário:

fehlauer disse...




saudades da minha pequena atriz!