22 dezembro, 2008

Sobre males que vêm para o bem.

Bem, venhamos e convenhamos, todo mundo já esperou que um ano fosse ser de um jeito e, no final, viu que tudo acabou dando completamente diferente do que imaginamos.
O ano de 2008 foi um destes anos para mim, por vários motivos, mas todos ligados a uma principal raiz: Neste ano meus pais resolveram me mandar para morar com minha avó. Na capital do estado.
Eu sempre morei no interior, desde pequena estudava no mesmo colégio, com a mesma turma, pessoas que me conheciam e conhecem para além da aparência. E foi por esse motivo que nunca precisei fazer novos amigos, me enturmar e adaptar em um lugar totalmente novo.
Isso fez da idéia de mudar de cidade um pesadelo pra mim. Eu passava noite após noite sem dormir, pensando no assunto (Tá, exagerei, mas eu fiquei realmente muito tempo pensando.).
Aproveitei meu último ano lá como nunca. Então chegou o dia de ir.
Chorei bastante, abraçada no meio da rua mais movimentada da cidade com minhas amigas (Sim, eu sei, um pouco dramático, mas pra quem conhecia a situação, era uma cena emocionantemente linda de se ver.)
O ano tinha tudo pra ser péssimo. Eu tinha sido praticamente arrancada de minha cidade, onde eu amava todo mundo que conhecia, para ser deixada em uma cidade nova, em um colégio novo, com pessoas novas, para me adaptar completamente, e tudo isso sozinha! (Sozinha com a minha irmã, mas ainda assim sozinha.)
Imaginei que não ia me adaptar nem tão cedo, e que para fazer amigos ia ser muito difícil.
Mas no final nem foi tão difícil assim. Claro que eu senti muita falta das pessoas, e que não foi bater o olho e arranjar amigos, mas foi bem melhor do que eu imaginei.
Agora aqui estou eu, na minha cidadezinha do interior novamente, para curtir minhas férias. E apesar dos estresses, dos choros, das saudades, dos fins de semana em casa, apesar de tudo, eu conheci novas pessoas, fiz novos amigos e tudo o mais.
Acho que assim aprendi a dar mais valor a isso que tenho. Porque é como dizem: Há males que vêm para o bem, não é? ;)

-Natália Cristine

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