31 dezembro, 2008
então que venha 2009
2008, um dos anos que eu mais sorri por fingir ser outra pessoa, um dos anos que eu mais fui atriz nessa cidade que muitas vezes não queria estar, quero só deixar claro que isso foi somente no palco, porque fora dele foi um dos anos que eu mais fui eu, apesar de admitir que roubei um pouco dos personagens pra mim, roubei a autoconfiança daquela mulher sedutora que fiz em novembro. Eu dancei, gritei, fiz coisas que talvez hoje não fizesse mais, não que eu tenha me arrependido, longe disso, eu curti, eu vive e os outros digam o que quiser. Conheci artistas, artistas que nem eu, um pouco temperamentais, um pouco insanos, que deixaram de ser apenas profissionais pra mim, e viraram meus amigos. Continuei algumas amizades antigas que tinha do tempo das barbies quebradas, formei uma novo quarteto com bastante temperos, trai meu marido na peça ta? Rsrs. Então que venha 2009, com mais correria, mais teatro, mais grupos, mais novas experiências, mais risadas junto dos ensaios diários, mais machucados nos meus joelhos, mais preocupações de conseguir conciliar o teatro com a escola, mais curtição, mais beijo na boca, mais finais de semana de escapulidas dessa loucura toda, que venha então o teatro infantil na minha vida. Quando 2008 chegou, estava aliviada por 2007 ter acabo, 2008 então marcou presença e espero 2009 com um leve sorriso no meu rosto e um tanto quanto otimista demais. Feliz ano novo.
obrigada.
''A vida é uma peça
As vezes comédia
As vezes drama
Mas a vida é uma peça
Não tem sentido no final
O sentido está exatamente nisso
De não o possuir
E nos deixar a esmo
Procurando algo que valha
Vem pra perto de mim
Te compro vestido de princesa
E te chamo pra dançar toda noite
Quando der meia noite
E tiver de ir embora
Te beijo pra te dar insônia
Enlouquecer, não se esquecer
Até nosso próximo encontro''
*-* obrigada
As vezes comédia
As vezes drama
Mas a vida é uma peça
Não tem sentido no final
O sentido está exatamente nisso
De não o possuir
E nos deixar a esmo
Procurando algo que valha
Vem pra perto de mim
Te compro vestido de princesa
E te chamo pra dançar toda noite
Quando der meia noite
E tiver de ir embora
Te beijo pra te dar insônia
Enlouquecer, não se esquecer
Até nosso próximo encontro''
*-* obrigada
não é assim, mas deixa eu fingir.
- O que posso fazer pra te alegrar pequena donzela da arte de fingir?
- Você poderia usar sua câmera e pintar um sorriso no meu rosto. (ela então, ja esboça um leve sorriso apenas por dizer essas palavras)
- Você poderia usar sua câmera e pintar um sorriso no meu rosto. (ela então, ja esboça um leve sorriso apenas por dizer essas palavras)
27 dezembro, 2008
Ordens e controvérsias.
Recebo ordens, que logo não cumpro apenas por terem este nome. Não estou nem perto de ser a mais delicada das criaturas. Só cheia de controvérsias e contradições semanais. Opiniões sobre mim são variadas incógnitas que prefiro desconhecer em algumas ocasiões. Reconheço poucos timbres ao atender ao telefone, exatamente com esses tento ser uma pessoa melhor, e com os outros? Não me importo tanto, os meus fones de ouvido conseguem desempenhar um pelo papel quando estou na companhia desses tais que acabam de ser citados. Meu suspensório foi chamado para passear no último milésimo de segundo por uma das tais vozes conhecidas, agradeço dele não se incomodar de ser o comentário de malignos olhos que se prendem em sua direção sem nenhuma discrição. Meu querido suspensório vinho me ordena para não esquecer o meu all star sem cadarço em casa, afinal precisa de companhia na sua diversão ao ouvir sobre o triste padrão dos robóticos olhos. A minha fita de cabelo vermelha, que encontrei num presente de aniversário, o qual recebi de alguém não tão importante me ordenou a não condená-la ao lixo, entrou também na brincadeira e se atreveu a me dar outra ordem, a de parar de escrever metáforas sobre a minha vida, essa será apenas mais uma ordem não cumprida, é claro.
25 dezembro, 2008
Objetivo: escrever sobre o natal.
Eu era uma gordinha, branca, pálida, incolor, que sempre andava com óculos com o intuito de enxergar além da aparência física das pessoas em minha volta. Estudava num colégio pequeno, onde tinha poucos amigos, mas verdadeiros, foi lá que eu aprendi a falar palavrão e desde então só piorou esse péssimo hábito. Tive que mudar, mudar de vida, de hábitos. Emagreci, mas não deixei de ser gordinha, o grau dos meus óculos já não são os mesmos, tomei sol, mas continuo pálida. Conclusão, continuo a mesma gordinha, branca, pálida, incolor, que sempre anda com os seus óculos amarelos, que possui poucos amigos, mais de todo coração. Continuo sendo aquela gordinha feliz nesse dia de 25 de dezembro de 2008 vejo que nem todas as coisas mudaram assim. Feliz natal. Eu que ia apenas escrever sobre o natal, objetivo que nunca foi alcançado com sucesso, me encontrei numa foto da sala da minha avó perto das rabanadas. Já perto do peru e das castanhas achei o que nunca quero perder, minha família. Talvez seja isso, não sou fã do natal, nem é uma das minhas datas favoritas, mas minha família está aqui e ainda estará amanha.
22 dezembro, 2008
Sobre males que vêm para o bem.
Bem, venhamos e convenhamos, todo mundo já esperou que um ano fosse ser de um jeito e, no final, viu que tudo acabou dando completamente diferente do que imaginamos.
O ano de 2008 foi um destes anos para mim, por vários motivos, mas todos ligados a uma principal raiz: Neste ano meus pais resolveram me mandar para morar com minha avó. Na capital do estado.
Eu sempre morei no interior, desde pequena estudava no mesmo colégio, com a mesma turma, pessoas que me conheciam e conhecem para além da aparência. E foi por esse motivo que nunca precisei fazer novos amigos, me enturmar e adaptar em um lugar totalmente novo.
Isso fez da idéia de mudar de cidade um pesadelo pra mim. Eu passava noite após noite sem dormir, pensando no assunto (Tá, exagerei, mas eu fiquei realmente muito tempo pensando.).
Aproveitei meu último ano lá como nunca. Então chegou o dia de ir.
Chorei bastante, abraçada no meio da rua mais movimentada da cidade com minhas amigas (Sim, eu sei, um pouco dramático, mas pra quem conhecia a situação, era uma cena emocionantemente linda de se ver.)
O ano tinha tudo pra ser péssimo. Eu tinha sido praticamente arrancada de minha cidade, onde eu amava todo mundo que conhecia, para ser deixada em uma cidade nova, em um colégio novo, com pessoas novas, para me adaptar completamente, e tudo isso sozinha! (Sozinha com a minha irmã, mas ainda assim sozinha.)
Imaginei que não ia me adaptar nem tão cedo, e que para fazer amigos ia ser muito difícil.
Mas no final nem foi tão difícil assim. Claro que eu senti muita falta das pessoas, e que não foi bater o olho e arranjar amigos, mas foi bem melhor do que eu imaginei.
Agora aqui estou eu, na minha cidadezinha do interior novamente, para curtir minhas férias. E apesar dos estresses, dos choros, das saudades, dos fins de semana em casa, apesar de tudo, eu conheci novas pessoas, fiz novos amigos e tudo o mais.
Acho que assim aprendi a dar mais valor a isso que tenho. Porque é como dizem: Há males que vêm para o bem, não é? ;)
O ano de 2008 foi um destes anos para mim, por vários motivos, mas todos ligados a uma principal raiz: Neste ano meus pais resolveram me mandar para morar com minha avó. Na capital do estado.
Eu sempre morei no interior, desde pequena estudava no mesmo colégio, com a mesma turma, pessoas que me conheciam e conhecem para além da aparência. E foi por esse motivo que nunca precisei fazer novos amigos, me enturmar e adaptar em um lugar totalmente novo.
Isso fez da idéia de mudar de cidade um pesadelo pra mim. Eu passava noite após noite sem dormir, pensando no assunto (Tá, exagerei, mas eu fiquei realmente muito tempo pensando.).
Aproveitei meu último ano lá como nunca. Então chegou o dia de ir.
Chorei bastante, abraçada no meio da rua mais movimentada da cidade com minhas amigas (Sim, eu sei, um pouco dramático, mas pra quem conhecia a situação, era uma cena emocionantemente linda de se ver.)
O ano tinha tudo pra ser péssimo. Eu tinha sido praticamente arrancada de minha cidade, onde eu amava todo mundo que conhecia, para ser deixada em uma cidade nova, em um colégio novo, com pessoas novas, para me adaptar completamente, e tudo isso sozinha! (Sozinha com a minha irmã, mas ainda assim sozinha.)
Imaginei que não ia me adaptar nem tão cedo, e que para fazer amigos ia ser muito difícil.
Mas no final nem foi tão difícil assim. Claro que eu senti muita falta das pessoas, e que não foi bater o olho e arranjar amigos, mas foi bem melhor do que eu imaginei.
Agora aqui estou eu, na minha cidadezinha do interior novamente, para curtir minhas férias. E apesar dos estresses, dos choros, das saudades, dos fins de semana em casa, apesar de tudo, eu conheci novas pessoas, fiz novos amigos e tudo o mais.
Acho que assim aprendi a dar mais valor a isso que tenho. Porque é como dizem: Há males que vêm para o bem, não é? ;)
-Natália Cristine
21 dezembro, 2008
Conteúdo perturbador
Sempre abominei o ritual de encaixotar todas minhas lembranças, não que eu não goste de me mudar, até gosto e não quero passar a minha vida inteira numa mesma cidade. Considero depressivo e irremediável como todas as pessoas que passaram em tanto anos conseguem caber em miseras caixas de papelão com um ridículo aviso: CUIDADO, FRÁGIL! Há uma chance, uma grande probabilidade de esquecer alguém pelo caminho, de esquecer o meu querido elefante de pelúcia roxo que alguém um dia me deu. Não há duvidas que vou esquecer um pouco de mim aqui também. Jogo velharias fora, um CD de Darvin que ganhei já deve fazer uns dois anos. Rasgo alguns papéis inúteis, que nem sabia que ainda guardava, atividades escolares que nunca me foram tão essenciais, um pôster do Sandy e Junior, não tinha jogado isso fora antes? LIXO!
Mais abominável que o monstro das neves e que as fúteis revistas clichês adolescentes que acabei de reencontrar, é o conteúdo das caixas, contém a minha vida, que não queiro deixar para trás, que não quero apagar, que não quero esquecer.
Perturbador, as caixas se multiplicam com os dias e os dias não passam a se multiplicar com as caixas. Nem comecei a arrumar minhas roupas, nem comecei a me arrumar, nem tirei meus brincos que nunca uso do porta jóias, nem mudei meu jeito de falar, ainda será eu aqui quando a última caixa acabar de ser lacrada.
Mais abominável que o monstro das neves e que as fúteis revistas clichês adolescentes que acabei de reencontrar, é o conteúdo das caixas, contém a minha vida, que não queiro deixar para trás, que não quero apagar, que não quero esquecer.
Perturbador, as caixas se multiplicam com os dias e os dias não passam a se multiplicar com as caixas. Nem comecei a arrumar minhas roupas, nem comecei a me arrumar, nem tirei meus brincos que nunca uso do porta jóias, nem mudei meu jeito de falar, ainda será eu aqui quando a última caixa acabar de ser lacrada.
19 dezembro, 2008
Tudo sobre a vida que nunca tive.
Queria começar pelos detalhes imaginários: tudo sobre o meu quarto lilás com alguns enfeites preto de caveira, da minha rede que combinava perfeitamente com o resto da decoração toda, que se alinhava numa ordem cósmica com os meus pensamentos tão coloridos e instantâneos sobre assuntos cheios de sorrisos. Meus pés não tocavam o chão, isso já era um fato diário, não causava mais espanto. A janela cantarolava um belo rock com diversos acordes até então desconhecidos, minha libélula de bolinhas quadriculadas que era tatuada no meu corpo até então, um belo dia levantou voou e fugiu encantada pelo rock da minha janela, fez questão de não ir só, levou o meu urso de pelúcia Toddy, o qual era apaixonada. Minha casa então estava sempre lotada de pessoas as quais eu amava, dificilmente me deparava sozinha. Meu mundo paralelo estava exatamente alinhado com a alienação que eu sempre quis.
Meus olhos se abriram com tal desgosto me tirando daquela imaginação ridícula, que mesmo estando derramando todo o meu sangue, sorri e sem perceber me deparei na beira do mesmo precipício do que a minutos atrás. Vou contar até 10 e vou me jogar de cabeça nessa vida que nunca tive, lá eu sei que posso encontrá-la.
Meus olhos se abriram com tal desgosto me tirando daquela imaginação ridícula, que mesmo estando derramando todo o meu sangue, sorri e sem perceber me deparei na beira do mesmo precipício do que a minutos atrás. Vou contar até 10 e vou me jogar de cabeça nessa vida que nunca tive, lá eu sei que posso encontrá-la.
pierrot.
"Você foi uma luz boa que passou pela a estrada da minha vida e teve que ter sido apagada por motivos que eu nunca quis aceitar." Autor não tão desconhecido assim para mim.
18 dezembro, 2008
Lucia
Lucia acordou. Metade do dia já tinha ido embora, bocejava ainda com sono e sua feição era de quem dormiu pouco mais de 4 horas. Foi verificar se tinha chegado algo no seu celular, como de costume, uma mensagem de texto: “estou embarcando, beijos, até a volta, me espera?”. Lucia não ia esperar. Derramou somente uma lágrima solitária, solitária como se sentia às vezes. Olhou para a flor que ele lhe dera há apenas uma semana atrás, a ousadia da flor era tremenda que murchou com a velocidade que ela não mais se importava. Enxerguei, espero eu que não por insanidade minha, um sorriso momentâneo no seu rosto, imaginei então que por essa altura já tinha outro.
16 dezembro, 2008
sobre a panela de pressão!

Eu, sempre me enxergava sozinha no meio da multidão de pessoas não tão conhecidas assim para mim. Eu, que muitas vezes preferia guardar todos meus sentimentos para mim, só para mim, os outros não tinham nada haver com tais quais que fossem, afinal eles só pertenciam a mim. Eu, que trancava no caixão todos os traumas da minha vida, para reafirmar que nenhum ser nunca se atravesse de escutá-los da minha boca. Eu encontrei vocês. Veio à convivência diária que poderia ser para alguns cansativa, não para nós, junto dela inevitavelmente apareceram os abismos e precipícios, nos jogamos e o pára-quedas fez questão de abrir na hora certa, por livre e espontânea vontade. As folhas do calendário já estavam caídas no chão da escola, quando a caixa de Pandora foi aberta, todos os laços poderiam ter sido cortados, estraçalhados, mas não, naquela hora os laços ganharam espessura e tornaram-se impenetráveis como ferro. Atualmente todas as páginas do meu livro vital são contadas para vocês, às vezes posso esquecer de vírgulas ou até mesmo de frases. A certeza de que vocês estão comigo me deixa mais tranqüila no meio desse furacão de informações e tormentos, apesar de muitas vezes parecer grossa e insensível agora vocês podem ter alguma certeza de quem não tem uma pedra no lugar do meu coração.
15 dezembro, 2008
a quem se interese.
Tinha decidido fazer um texto sobre o nada, foi então que vocês chegaram e tiraram toda minha concentração, imaginação e idéias em geral, porém me deram uma outra coisa boas madrugadas que só tinham fim com o nascer do sol.
12 dezembro, 2008
Pimenta da minha omelete!

Resolvi botar pimenta no meu pão e até na minha omelete com a ilusão que isso me traria você aqui de novo, ou pelo menos com a certeza que me faria lembrar das suas analises criticas e certeiras sobre qualquer pessoa. Estou numa competição diária e cansativa comigo, não sou competitiva como você, porém prefiro adiar o amanhecer da minha ilusão e botar mais pimenta em tudo que eu encontrar, meus olhos já lagrimejando lembram-se dos seus tão emblemáticos, quando verdes faziam questão de estar sempre próximos aos meus, quando mel me contavam histórias que meus pobres olhos castanhos logo brilhavam. ``Não pode beber água, Alana, intensifica o sabor da pimenta`` identifico o timbre da sua voz na minha cabeça me lembrando isto agora, não está tão forte quanto há alguns dias atrás e espero que daqui há algum tempo tudo vire apenas belas recordações que guardarei na minha caixa vermelha bem perto do restante de um órgão muscular localizado no meu peito que ainda insiste em pulsar involuntariamente, só abrirei quando meus pobres olhos castanhos encontrem os seus emblemáticos olhos novamente.
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